You!


Feelme/You!Tema:Contos!
Imagem retirada da internet
Chego à triste conclusão que não sei nada sobre o mundo, as pessoas, as formas de estarem na vida, o que leva a que uns queiram tudo de nós e outros nada! Eu acreditava que iria ser difícil estar sozinha, sem o meu parceiro, amigo, companheiro de uma vida, mas nada me preparara para a “selva” de sentimentos que iria encontrar e da qual não me restaria mais do que me moldar e tentar sobreviver.
Foi um homem que terminou com o amor de um outro, foi num dia cheio de sol que a minha vida inteira mudou. Foi nesse mesmo dia que me redescobri e passei a ser mais eu. A mulher! Estranho que até então não me via como tal, tomava-me por adquirida, não me olhava, nem por dentro, nem por fora. Sempre me acharam bonita, sensual, desejável, mas eu teimava em sentir-me diferente. A que ama, o marido, os filhos, os amigos, a família. Até então nem sequer me sentia, tocava ou desejava para além do que me permitiam.
- Não sei muito bem o que lhe diga professora, eu estou a ligar-lhe, porque... porque…
- Houve algum problema Capitão Nunes? Assim está a deixar-me preocupada.
- Não, problema não será, o que se passa é que não consigo deixar de a ouvir, os meus fins-de-semana ficam demasiado longos, cinzentos, estranhos.
- Eu...
- Por favor não diga nada, assim sei que perderei a coragem.
Eu sabia que ele sabia que eu sabia, que nos atraíamos mutuamente sem quase trocar uma palavra. Desde o dia em que nos olháramos pela primeira vez, que nos reconhecemos quem sabe de uma outra vida! Eu jamais me interessara por qualquer outro homem, nunca olhara duas vezes para outro que não aquele que escolhera para meu companheiro, mas que na verdade me deixava emocionalmente só. Não me cuidava, não me via, nem sequer olhava. E porque ainda estávamos juntos? Porque a minha capacidade de amar por dois se mantivera até ao dia em que outro cruzara o meu espaço.
- Estou irremediavelmente apaixonado por si, conto as horas para a ver atravessar a parada, carregada com a sua pasta, portátil e tudo mais que utiliza para fazer das suas aulas motivo de uma semana de conversa aqui na base. Sim, porque os meus homens veneram-na, adoram o sorriso que lhes oferece, mas que eu ainda não tive oportunidade de ver, porque para mim é sempre tão formal, séria, esguia. Mas quando me olha nos olhos sempre tão segura de si e mexe os seus lábios tão carnudos, vermelhos e brilhantes, fico como louco. Gaguejo, como já certamente reparou, e fico cheio de medo de perder as estribeiras e de a agarrar pela cintura e levantá-la até mim.
Andreia por favor diga-me que não sou apenas eu, diga-me que sente o mesmo por mim e que me vai deixar tocá-la, beijar essa boca, sentir essa pele que eu adivinho de seda e com um cheiro que me deixa sem jeito. Fale por favor agora… Andreia?
- Sim Nunes, estou aqui e acho que já se justifica que nos tratemos agora por tu. Tu sabes que mesmo por detrás do meu ar sério, não me deixas indiferente. Tu sabes! Tu sentes! Por isso é que me estás a dizer tudo isto.
- Vem ter comigo por favor.
- Aí à base?
- Sim, agora. Quero-te pequenina, vem por favor!
Imaginar jamais poderia ser tão bom. O meu corpo encaixava no dele na perfeição e sabia pedir-lhe onde me tocar, reconhecia-me e fazia-me arrepiar a cada beijo. Lambia-me de cima a baixo e parava nos meus seios com os bicos todos hirtos, ansiosos para que os chupasse. A minha barriga mexia-se descompassadamente e estremecia a cada mordidela sôfrega.
- Dentro de mim por favor, anda, agora.
- Eu vou entrar em ti meu amor, uma e outra vez, mas agora não, ainda não. Quero sorver-te, lamber essa pele que eu sabia de seda, sentir-te estremecer e gemer por mim.
Tapava-me a boca com beijos tão intensos, chupando-me e mordendo até que eu chorasse de dor e de prazer, e finalmente entrou em mim.
- Não me magoes, dá-me prazer, estou a pedir!
- Não me consigo controlar, deixa-me sentir-te. – E agarrava-me pelas ancas, levantando-me poderoso, cheio de tesão. Entrava determinado e saía bem de mansinho, até que finalmente não aguentei e me vim escorrendo todo o meu prazer, molhando-o todo e vendo-o sorrir triunfante.
- Isso foi tudo para mim pequenina? Agora vou-te chupar e lamber toda, até que te venhas uma e outra vez.
Quando já não julgava conseguir mais prazer, eis que me deixa completamente entontecida, recebia como que choques eléctricos, o meu corpo não iria aguentar muito mais, ou talvez não…
- Anda comigo.
- Onde Nunes? O que queres fazer?
Agarrou-me ao colo e levou-me para aquele que foi seguramente o melhor banho das nossas vidas. Com o gel percorria todo o meu corpo que ia estremecendo devagarinho, enfiava os dedos decididos dentro de mim enquanto me chupava os lóbulos das orelhas. Tentei acariciá-lo, mas não me deixou.
- Agora sou eu, calma!
Virou-me de costas e pôs uma das minhas pernas na ponta da banheira, erguendo-a o suficiente para que pudesse mexer-me com mestria. Agora mordia-me os ombros e eu já gemia demasiado alto. – Nunes por favor, estou a descontrolar-me…
- Deixa amor, a música abafa, ainda agora comecei!
Eis que agora está de joelhos e me lambe e chupa enquanto me toca com os dedos, parece uma combinação impossível e parece também que não irei aguentar muito mais, mas ainda não está satisfeito. Estamos ambos molhados e ensaboados e leva-me de volta para a cama que se molha até do nosso prazer e sede de sexo. Já o queria há tanto tempo e agora dava-me tudo e muito mais. O seu sexo enorme agora entrava mais ligeiro, lubrificado pelo gel do banho, que me ardia ao mesmo tempo que me enchia de um prazer imenso. Escorregávamos um no outro e deslizávamos igualmente nas nossas peles quentes, sedosas. Incrível, jamais alguém me dera tanto, se misturara assim em mim! Fazemos uma pausa para retemperar forças, mas não cessa de me beijar a nuca, os olhos, o queixo, o pescoço e deito a cabeça sobre o seu peito que sinto subir e descer numa respiração compassada. De repente sou eu que me ergo ansiosa e me ponho em cima dele……
- Vais comandar agora tu?
Eu sabia que o tinha deixado louco, mas agora iria ser eu a comandar. Os meus longos cabelos cobriam-me os seios e ele tentava tocá-los afastando-os.
- Xiuuuu! Agora sou eu que te digo como fazes. Braços para trás, não te mexes, apenas sentes.
Com ele todo dentro de mim fui-me movendo devagarinho e compassadamente, impedindo-o de coordenar comigo, só podia sentir, não o deixava mover-se. Estava direita, ele conseguia ver-me bem, mas não o beijava ou sequer me aproximava. Eu sabia que não iria resistir muito tempo assim, mas quando se preparava para se vir, eu saí de dentro dele perante o seu total desespero.
- Pequenina por favor…
- Ainda não acabou meu amor, vou-me virar de costas e agora sim podes tu comandar.
- Queres enlouquecer-me eu sei, agora vou-te fazer gemer e vir e irás pagar pela tortura de prazer que me deste.
Foi bom, caramba, tão bom senti-lo forte e determinado a mandar em mim a mover-me a morder-me e a beijar-me. Puxava-me, levantava-me, apertava-me os seios… até que finalmente nos viemos os dois. Ficámos de joelhos, abraçados até nos acalmarmos e após nos levantarmos, selámos com um beijo quente e longo toda aquela tarde de prazer.
- Vou querer mais, ouviste-me pequenina? Muito mais, muitas vezes mais, para que me consigas saciar de ti. Se for possível.
Sorri-lhe sabendo que sim, que iria acontecer muitas mais vezes, tantas quantas conseguíssemos e pudéssemos, porque a vida só faz sentido assim, ao lado de quem nos completa!


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