Quem é a mulher que escreve?

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Quando me ponho com as minhas análises e avaliações, por vezes até me assusto comigo mesma, é que não pareço ter forma de refrear a enxurrada de palavras que compõem o meu mundo, o tal que parece enlouquecer tanta gente.

Em 5 anos de blog já escrevi 3,315 posts e 5 romances, estando o 6º em fase de arranque, mas completamente escrito na minha cabeça. Dois destes já foram reavaliados e reescritos, mas não lhes toco mais, parei de revisar as revisões e já nem os leio para não cair em tentação de acrescentar ou mudar o que quer que seja. Aos outros 2 ainda ando a virar páginas, a reavaliar emoções e a não conseguir entender que sentimentos mexiam comigo na altura. Escrever é o que sei fazer bem. Gosto de comunicar, de largar sons, de os juntar aos lugares e às pessoas com as quais me vou cruzando, se não estiver rodeada de livros, de cadernos com as notas do que pretendo desenvolver, do computador, com todas as teclas em que já martelo até de olhos fechados, não me consigo sentir completa, nem feliz.

- Credo mulher, tu sossega-me essa "verbalidade" toda. Senta-te aqui e não penses, não analises, desfruta apenas de ti, mas sem sons. Que maneira bonita e diplomática de dizer Please shut the fuck up!

O mais grave de toda esta gravidade em forma de palavras, é que só sei escrever sob pressão, por isso quando experimentar a primeira palavra, já nada me conseguirá segurar. A experiência diz-me no entanto, que uma mulher tão cheia de tanto, recebe muito pouco de volta...

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